- Cada fêmea escolhe um companheiro para a proteger dos outros machos. É ele que a fecunda. Se a fêmea for violada por outros machos, ela ainda tem a oportunidade de fechar os canais que conduzem os espermatozóides aos óvulos e assim evitar que estes sejam fecundados pelos violadores.
Aquilo que muita gente pensa ser acasalamento, quando há lutas dos machos pela fêmea é mais propriamente uma violação. O companheiro da fêmea defende-a da violação, afastando-o da sua companheira, mas se o violador for mais forte, faz o papel de simples espectador. Contudo como a fêmea é bastante fiel ao seu companheiro, quando se apercebe foge a faz grandes voos. Ele é seguida tanto pelo violador como pelo companheiro. Geralmente o violador desiste.
Se a fêmea mergulhar para se esquivar à violação geralmente é apanhada pelo violador e a violação é consumada se conseguir resistir à luta do companheiro dessa fêmea, que com o bico o puxa para fora do acto da cópula violadora. Às vezes juntam-se 3 machos. Os que não são os companheiros querem violar e o companheiro tenta defender a sua companheira da violação. - Para o acasalamento duma fêmea com o seu macho-companheiro existe um ritual interessante:
- Para a fêmea conquistar o macho faz um som parecido com o cacarejar e acena com o bico e cabeça uma vezes para a esquerda outras para a direita. É o rito da conquista e pedido de ajuda.
- Quando a fêmea quer ser fecundada acena com a cabeça e o bico para cima e para baixo e quando o companheiro está pronto faz os mesmos gestos. Então a fêmea agacha-se na água e o companheiro segura-se com o bico nas penas da cabeça, sobe para cima dela e consuma o acto de acasalamento que é consentido por ambos.
- O macho acompanha geralmente a fêmea quando procura lugar para o ninho, vai pôr o ovo e vai chocar depois de ter saído para comer, mas depois deixa lá a fêmea. Ao regressar a fêmea chama pelo macho com um som característico das patas: o chamado «quá-quá» que se parece mais com um «huê-huê» e esse timbre varia um pouco de fêmea para fêmea.
Os machos não fazem o som alto estridente das fêmeas, mas têm um outro som muito mais baixo e discreto, que as fêmeas muitas vezes também produzem em privacidade familiar. - Às vezes quando um macho quer acasalar emite um assobio.
- Os filhos nascem depois de 4 semanas (28 dias) de os ovos, geralmente esverdeados, estarem a ser chocados.
- Logo no 1º dia de vida os patinhos vão a seu pé para a água com a mãe e começam logo a comer insectos e outra paparoca que encontram à superfície da água. São nidífugos: Não voltam para ninho onde nasceram.
- Se houver mães que têm filhos no mesmo dia, ficam com dificuldade de os distinguir e os filhotes de ambas acabam por ter duas mães, mas uma dela é que chefia.
- Quando um macho está pronto para reprodução (por volta do 5º ou 6º mês) fica com a cabeça verde (ou azul, consoante o reflexo da luz) e fica com uma pena na cauda em forma de caracol virada para cima. Também a coloração do resto do corpo se torna diferente do da fêmea e muito mais atractivo.
- Ao mudarem as penas, por alturas do verão, os machos parecem iguais às fêmeas na coloração do corpo, e até perdem o caracol, mas distinguem-se pela cor do bico que permanece amarelo, e o tamanho, que geralmente é maior, enquanto que o bico das fêmeas é predominantemente preto. Durante a mudança das penas os machos ficam sem poder para acasalar e tornam-se muito mansos.
Os voos mais altos são dados durante o acasalamento que é quando tanto machos e fêmeas estão em pleno vigor. Também é nessa altura que se fazem as migrações, se o lugar em que estão deixar de lhes oferecer o conforto que lá procuram.
Uma fêmea tem a possibilidade de nidificar 2 ou 3 vezes por ano, Sendo uma ou duas na altura da Primavera (ou fins de inverno) e a outra no Outono.
No ninho quando chocam podem ter entre 6 a vinte e tal ovos, mas nem todos têm a possibilidade de vingar.
A cor, preta, amarela, ou matizada com que nascem os patinhos não quer dizer NADA em relação ao seu sexo, pois os 2 «Carolas» nasceram ambos amarelinhos no dia 6 de Abril de 2013 e um é macho e o outro fêmea, e têm andado sempre juntos desde pequeninos e tudo indica que vão acasalar, para reprodução, um com o outro como companheiros.
Os 2 machos da frente suponho que o da direita seja o «Quecas», companheiro da «Coquinhas». Reparem que tem as penas da cauda escuras. O macho da esquerda era chamado «o Argolinhas-Vicente», mas agora como está a mudar as penas ainda não nasceu de novo a argola branca. As penas da cauda são esbranquiçadas.
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